domingo, 17 de março de 2013

O dono da voz


A luz do holofote atinge o homem
Em meio a gritos aplausos acenos
Mas ele não passa de um
Discurso amarelo.

Profere pra massa tua sina
Recita depois uns provérbios.
Proclama o que sempre
Proclama, profana.

Retira palavras do bolso
De sua antiga retórica.
Por ora diverte teu povo
Com já conhecida anedota.

Sacode os braços e rasga
Dos lábios sorriso. Delira
O povo com seu feitiço.
Esconde por dentro sua Quimera.

Repito comigo quem dera
Vissem menos quem elenca
O palco, ouvissem menos
Quem despe essa vida a fio.

Por trás do terno adornado,
O homem, apenas um vaso
Vazio. 

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