quinta-feira, 12 de abril de 2012

Chaleur Brûlante

Me encarastes com olhar confuso, desconcertada, e te mirei com olhos famintos. Cerco sua cintura, inclino teu corpo - taça de vinho tinto, uva da melhor videira – e brindo. E bebo gota por gota, degusto teu sabor acre e doce, loção nociva que me cura, dicotomia entendida apenas pelo deleite, ardência pura, de engolir e estalar a língua.  Prazer que chega dói, provo, provoco, aguço nossas vontades, agito nossos hormônios, inflamo sua pele com meu toque, um frenesi. E fagulhas escapam dos nossos beijos, e se ascendem, se espalham, cintila a chama viva, labaredas nos tomando por inteiro - um incêndio.

Meu bem, o fruto mordido

Não é volúpia nem libido,

É amor.

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