segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sem mais

Amontoara de qualquer jeito seus pertences na pasta e arrumara-se para o trabalho. Café mal tomado. A sala de estar aspirava uma atmosfera melancólica, sentiu a ausência de algo. O que poderia estar esquecendo? Conferiu novamente seu material na velha e desbotada pasta de couro. Ok. Examinou seu paletó e a maneira com que havia dado nó em sua gravata. Perfeito. Espiou as janelas, uma a uma. Todas devidamente trincadas. A válvula do gás na cozinha. Fechada. Tateou os bolsos da calça escura. Chaves, carteira, celular. Todos nos compartimentos de sempre. Por que a inquietude? O que estava faltando, afinal? Indagava. Ao pressionar já lânguido a fechadura da porta, finalmente se deu conta. Faltava, faltava sim. Faltava ela.

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