Crepita o árduo coração carente,
Sente o sabor da sutil ausência,
Cresce o desejo de vê-la novamente,
Supura pavor e tristeza indesejada.
Caminha ponteiro ocioso, displicente
Vede minha ânsia, acelere as horas!
Não vê meus pulsos vibrarem ferozmente,
Nem mesmo a dor inflamando cóleras.
Enxergo-a refletindo raios do Sol de longe,
Será verídica a imagem intermitente,
Ou confundo-te com orquídeas do horizonte?
Encerra-se a aflição, cessa e o coração palpita,
Com veste esplendente tu chegaras e sorriras,
Acolho-te – longo beijo – e venero a doce vida.
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