sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ansiedade e soneto

Crepita o árduo coração carente,
Sente o sabor da sutil ausência,
Cresce o desejo de vê-la novamente,
Supura pavor e tristeza indesejada.

Caminha ponteiro ocioso, displicente
Vede minha ânsia, acelere as horas!
Não vê meus pulsos vibrarem ferozmente, 
Nem mesmo a dor inflamando cóleras.

Enxergo-a refletindo raios do Sol de longe,
Será verídica a imagem intermitente,
Ou confundo-te com orquídeas do horizonte?

Encerra-se a aflição, cessa e o coração palpita,
Com veste esplendente tu chegaras e sorriras,
Acolho-te – longo beijo – e venero a doce vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário