quarta-feira, 4 de maio de 2011

Transfiguração

Espremo o que há em meu peito até o bagaço,
Deixo escorrer toda poupa secretada entre pulmões,
Retiro cautelosamente toda dor, como cirurgia,
Raspo as pregas enraizadas, custosas a sair, em agonia
E sinto fluir tórax abaixo o rubro suco,
Serpenteando pelo corpo, espalhando-se no solo.
Quando atentei a poça que no chão havia,
O que deixei derramar,
Palavras.

3 comentários:

  1. Me senti escorrer, serpentear até me espalhar. Adorei seu texto!

    E obrigada pela visita ao meu blog viu? :)

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  2. Eu que agradeço! (:
    E pode ter certeza que sou um novo frequentador do seu blog, Beijão!

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  3. gota após gota... escorrendo poesia...

    gostei de seu blog e também estou lhe seguindo

    abraço!

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