Embarcado estou nesta desconhecida peregrinação, por onde os dias contam como meses, e existem mais mil alguéns em outras embarcações a galgar meu objetivo, a comprometer meu futuro, para que não seja eu a erguer o troféu, mais tarde. E fica claro para mim que, pela primeira vez, não poderei contar com um suporte, flutuo sobre a água na ansiosa esperança de alcançar a desejada terra, e mostram-me diante de meus olhos que pioneiramente apenas eu serei capaz de quebrar os obstáculos, que dessa vez, mesmo que não queira, eu sou o dono do meu próprio destino, e a responsabilidade de morrer afogado está sobre minhas costas, e torna-se dolorosa a cada dia que passa. Cercado de água, e de longe deslumbrando o verde vivo pertencente à terra que me espera - o paraíso, diria – deixo o barco e estou a me movimentar bruscamente mar a fundo, e em direção à vegetação viva que a terra cerca. Sei também que todos os outros se atreveram a deixar o barco e nadar também, ouço o confuso ruído deles ao entrarem na água, concomitante aos meus movimentos. Sinto na pele que pertenço a corrida em que o primeiro a chegar será o grande proprietário e senhor de sua própria sina. E colidindo com braços e pernas de meus antagonistas, vai meu corpo dando o máximo de si a fim de alcançar objetivo tal, e vai também um coração tímido e uma mente cansada, ora tomados por ondas de baixa auto-estima, ora dando migalhas às remotas esperanças de um dia gritar que venci.
o pódio te espera e o troféu é teu;
ResponderExcluiralguém há de dizer que não?
confio em você, cunho ♥
Eu tenho que confessar,
ResponderExcluirnão passo mas um fim de semana sem acessar seu blog!
Adoro seus textos, muito sucesso! (yn)
Beijo
Obrigado pela confiança cunha !
ResponderExcluirQue ótimo Maiana, você não sabe o quanto me faz feliz em saber disso, beijão !
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