O poema selou seu silêncio.
Não atendeu meus clamores por teimosia
Ou por orgulho e capricho de poesia.
Ou por orgulho e capricho de poesia.
Gritei poema venha.
Disse-lhe ser remédio que me curo,
Chamei-lhe de escudeiro. Poema ouviu,
Lambeu a ferrugem do portão escuro
Que chamou de refeição de cativeiro.
Disse-lhe ser remédio que me curo,
Chamei-lhe de escudeiro. Poema ouviu,
Lambeu a ferrugem do portão escuro
Que chamou de refeição de cativeiro.
Dei-lhe chave, papel,
Supliquei por respostas.
Poema riu com puro escárnio,
Deu-me dedo, língua, as costas.
Supliquei por respostas.
Poema riu com puro escárnio,
Deu-me dedo, língua, as costas.
Perguntei Poema então
Por que chamado se não sai
Por que melodia de
nenhuma música?
Por que chamado se não sai
Por que melodia de
nenhuma música?
Poema nem sequer me olhou.
Manteve o silêncio.
Manteve o silêncio.
Mantive
O corpo denso
De sede, dor e culpa
Desse nunca.
O corpo denso
De sede, dor e culpa
Desse nunca.
Você está cada vez melhor.
ResponderExcluirParabéns, cunho! <3
Brigadão cunha!
ResponderExcluirE você, como sempre, superando seu "melhor" já muito estimado!
Só vi o comentário hoje, desculpa a demora de respondê-lo, kkk
Amo você! <3